Ele chegou como todo fã que se aproxima do seu ídolo. Tremeu, mas tomou coragem de se aproximar e pedir um autógrafo no álbum recém-lançado.
O ídolo poderia ter até recusado a assinar o álbum, mas não... Eram por volta de 17h. O tempo tava frio e já começava a esboçar um pouco de neve nos céus daquela cidade. Ele estava tenso ao se aproximar e ganhar o tão sonhado autógrafo. E, com gentileza, ainda ouviu do ídolo: "Deseja mais alguma coisa? Posso fazer algo mais pra você? Algo pra te deixar feliz?".
Ele, gentilmente recusou. Estava com um troféu em suas mãos e se afastou vendo o seu ícone também se afastar.
Passaram-se seis horas e o ídolo voltava. Mais uma vez acompanhado de sua esposa. Estava frio naquela noite de segunda-feira. Por volta de 23h, quando ele mais uma vez aproximara-se.
BUM! E, depois repetiu o mesmo gesto por mais quatro vezes. Pelas costas do ídolo que mais cedo dera-lhe o cobiçado autógrafo. O mesmo ídolo que embalara sua juventude com músicas lindas, com músicas para dançar e protestar.
Cinco disparos e ficou ali, olhando o óculos quebrado no chão e ele ensaguentado no colo de sua espesa que gritava procurando uma explicação e olhando para ele, estático: "Por quê? Por quê?". E ele não respondeu, mas ficou ali até a polícia chegar, quando fora preso...
O mundo chorou a perda de um gênio, de um pacifista... Um ícone que ali, fora imortalizado. Mas, não precisava, ele já nascera imortalizado!
O assassino: Mark David Chapman
A data: 8 de dezembro de 1980
O local: Nova York, em frente ao Central Park, portaria do Ed. Dakota.
O ídolo: John Lennon
* 09/10/1940
+ 08/12/1980
Eu era pequeno, mas me lembro de meus pais comentando com pesar.
Eu aprendi a ser beatlemaníaco desde muito peuqueno, quando eu já ouvia o Fab4 enquanto as crianças de minha idade ouviam suas cantigas de roda.
Paul sempre fora o meu Beatle favorito, mas é inegável a importância de John pra ele. E assim, com sua morte, todos tivemos uma perda. O rock perdeu um gênio. O Beatle rebelde. O Pacifista foi calado pelo que mais lutou contra: uma arma.
E o pior: um fã.
Agora, só nos resta imaginar um mundo melhor, sem fronteiras e sem guerras. Um mundo de paz, como ele desejou e, ontem, Eddie Vedder, sugeriu.
O aniversário de 25 anos de sua morte só será celebrada dia 8, mas eu hoje já estou de luto. Luto branco.
Salve, John!
Em silêncio, mas com A Day In The Life, dos Beatles, na cabeça.
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