26.3.04

SESSÃO NOSTALGIA

Toda vez que vou aos cinemas multiplex como UCI e Cinemark, fico com uma questão na cabeça, e ontem a questão voltou, ainda mais porque eu pensando, ainda vi que O Estranho Sem Nome pensa da mesma forma e colocou um post sobre isso (tramissão de pensamento? sintonia?).

Bom, eu tenho muita saudade dos cinemas de rua e, volta-e-meia, procuro um pretexto para ir nos cinemas no Centro do Rio, na Cinelândia. Grandes, com mais de 1000 lugares... Se bem, que o Palácio, pelo que andei lendo, também está fechado. Acho que só restou o Odeon!

O Roxy dividiu em três ótimas salas. O Largo do Machado tava caidinho. O Pathé virou igreja evangélica. O Ópera (ah! o Ópera... Quantos filmes... Foi lá também que fui ao cinema sozinho pela primeira vez!) virou Casa e Vídeo, assim como o Condor Copacabana.

Mas não consigo aceitar é o Art Copacabana ter virado sapataria e o Copacabana ter virado academia...

Os novos cinemas têm conforto e eu adoro eles, mas não têm um terço do charme das salas de rua.

Por isso, pergunto: Ainda existem as seguintes profissões?

- Pipoqueiro com carrocinha em porta de cinema, porém acho que só no Roxy e no Odeon ainda tem. Era demais! Mesmo não suportando pipoca, eu adorava o cheirinho dela invadindo o hall, a fila... Me dizia que eu realmente ia ao cinema;

- Lanterninha. Imaginem quantas pessoas perderam emprego...

- Projetista. Antigamente o cidadão ficava na sala de projeção acompanhando tudo para a eventual situação do filme sair de foco ou partir o rolo (era divertido quando isso acontecia. A platéia xingando...rs). Hoje é digital e não corre mais ess risco. O projetista, no máximo, aperta o Play.

- A moça da bomboniere era, na maioria das vezes, uma senhorinha com certa idade... E vendiam coisas gostosas e balas Supra Sumo, Chumbinhos de chocolate, Chocolates com passas e amendoins... Não vendiam cahorros-quentes, salgadinhos e quiches...

E, você podia pegar o filme começado e assistir seu início na outra sessão.

Ah! Bons tempos...

Post feito ao som de When its Over, do Sugar Ray.

Nenhum comentário: