15.9.04

CONTOS DE TIBURCIO - A FRANQUIA

Uma das coisas que eu mais gosto de escrever desde que criei este blog são os contos de Tiburcio. E, geralmente, é também o que mais rende comentários de amigos e/ou desconhecidos.

Sei que todo mundo já teve seu dia de Tiburcio ou já teve vontade de ser Tiburcio, mas faltou coragem.

Bom, aí você me pergunta se o Tiburcio é ficcional ou existe. E eu respondo: USE SUA IMAGINAÇÃO!

Em breve estarei reunindo vários contos dele e, quem sabe, ele até ganhe um blog próprio, hein?

Agora, vou publicar um conto do personagem escrito pelo meu fiel AMIGO, PARCEIRO e IRMÃO, Tony Vendramini, o Estranho Sem Nome. Ele escreveu este conto faz mais-ou-menos um mês e me pediu autorização para utilizar a marca TIBURCIO e, numa parceria Dantas/Vendramini, algo como Lennon/McCartney, eu aprovei a idéia.

O grande probela é que o blog dele, por algum motivo não definido está sem permitir atualização, então eu tô fazendo isso aqui, na casa original do Tiburcio!

Com vocês: Tiburcio by O Estranho Sem Nome

Sei que o Tibúrcio é personagem do blog do meu irmão, mas não posso deixar passar uma historinha acontecida com ele. Vamos lá.
Tibúrcio chegou ao trabalho as 7:00 da manhã, pegou os papéis com suas missões do dia e seguiu para o carro da empresa rapidamente apesar do sono que sentia. Assim que entrou no carro, cumprimentou seus dois companheiros. Em seguida o grupo foi para o primeiro serviço do dia. Chegando a primeira locação, o grupo esperou meia hora para ser atendido. Depois de tanto atraso, seguiu para o complemento do trabalho inicial. Depois de 30 minutos procurando vaga no centro do Rio, a equipe recebe o telefonema da chefia:
-Alô - atendeu Tibúrcio, irritado com o atraso, com o trânsito e com a falta de vagas
- Tibúrcio, vocês já chegaram? - era o chefe com seu indefectível sotaque nordestino
- Já, mas não há vagas para a gente estacionar...
- Não há vagas???? 30 minutos procurando vaga???
- É... Não tem vaga. O que quer que eu faça? Que abandone o carro na rua?
- Pô, desce e vê se o cara está lá.
- Não posso ir sem minha equipe.
- Mas como vocês não conseguem achar vaga?
- Sei lá.. Aqui é o centro do Rio, sabia? Bem-vindo ao Rio.... Aqui é assim mesmo...
- Mas... Mas. Vai logo, pô
- Vou dentro do possível...
Nesse meio tempo, uma vaga foi encontrada. Tibúrcio desligou o telefone e complementou o primeiro trabalho. A equipe então seguiu para o segundo trabalho nas proximidades. Concluída a segunda missão, os três heróis foram para o terceiro. No primeiro local marcado para essa tarefa, não havia nada para fazer Simplesmente marcaram errado. Tibúrcio imediatamente ligou para a empresa...
-Alô, é o Tibúrcio.
- Oi Tibúrcio - era uma das auxiliares do chefe... Justo a que tinha marcado o trabalho.
- Cheguei na primeira locação. Aqui não tem ninguém.. Não tem nada pra fazer aqui.
- Como não tem???? Ontem mesmo a empresa X e a empresa Y estiveram aí e fizeram. Será que só porque souberam que a gente ia foi todo mundo embora?
- Olha não tem ninguém aqui.... - Tibúrcio então ergueu o celular e gritou para um membro de sua equipe - PAFÚNCIOOOO, TEM ALGUÉM AQUI?????
-NÃÃÃÃOOO - respondeu gritando Pafúncio.
- Viu só? Não tem ninguém aqui... Satisfeita?
- Mas... Mas... não é possível - balbuciou a auxiliar
- É possível sim. Duvida da minha palavra? Então por que não vem você mesma aqui pra ver?
-Err....
- Não admito que você duvide da minha palavra, tá? Não tem e pronto. Vou pra segunda locação.
Chegando lá, Tibúrcio complementou o trabalho e voltou para a empresa. Foi imediatamente a mesa do chefe.
- Quero receber meus dias trabalhados e romper nosso acordo. Essa pocilga é muito anti-profissional
- Como? Não faça isso... Você tem que aproveitar essa chance. Eu gostaria que você continuasse.
- Acontece que não sou moleque. Tenho caráter. Não sou mentiroso. Não admito anti-profissionalismo e nem que duvidem de mim. Quero ir embora.
- Fique, por favor... Vai ser bom pra você.
- Só fico se você me garantir que coisas como essa não vão mais acontecer. Não preciso desse emprego. Volto pro meu antigo na hora em que eu quiser. Ganho menos lá, mas não tenho aporrinhações.
-Err.....
-Não aceito esse tipo de cobrança.
-Mas é meu papel te cobrar.
- Cobrar é uma coisa.. Não ter caráter é outra. Já trabalhei em lugares com muito mais cobrança.
- Olha, eu garanto que isso não vai voltar a acontecer...
-Então eu fico, mas se esse fato se repetir eu abandono o barco sem avisar.
Tibúrcio então virou as costas, foi embora e no dia seguinte trabalhou sem qualquer tipo de aporrinhação, cantando todo o tempo um jingle da Super Rádio Tupi.

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