13.5.04

COMO ENLOUQUECER SEU CHEFE...

- Olá, Tibúrcio...
- Sim, sou eu...
- Você chega e fica reclamando seus direitos e dizendo que não fazem o que foi acordado... Aqui não damos nada disso... Se passaram, passaram errado e não posso fazer nada!
- Desculpa... Acho que não tinham preparado nada oficial e algumas coisas aqui são muito mal estruturadas mesmo e...
- "Desculpa", não! é "Perdão, doutor"...
- Desculpa, de novo, mas devo me perdoar por quê?
- Pelo seu erro!
- Primeiro, não foi meu erro! Se vocês erram, EU não tenho culpa e não te chamei de doutor porque não sabia que você era médico...
- Errrr... Tô brincando e eu não sou médico...
- É, mas, por favor, é Senhor Tibúrcio... O mínimo de educação cai bem, né? Afinal, sou formado e um especialista no que faço, viu? Não tô aqui a toa e o principal: Não sou moleque!
- Errrrr... Bom...
- Bom, já se apresentou? Falou o que tinha pra falar? Então me deixa ir trabalhar... E vê se consegue, ao menos resolver meus problemas, viu?
- Sim, senhor... Vou ver o que posso fazer, mas é isso, se quiser ficar aqui vai ter que seguir as rotinas daqui. Não vai ser feito assim mesmo. É isso ou é isso mesmo!
- Ah, é?
- É!
- Então vai ser isso mesmo... Mas do meu jeito.
Enquanto ele se retirava demonstrando todo seu descaso com a causa, embora meio desconcertado, Tiburcio se virou e continuou olhando pra parede...


Algumas coisas tiveram que ser alteradas, preservando as pessoas e os fatos, mas, em suma, o conteúdo final era esse mesmo.

Ao som de Wonderwall (acústico), com Oasis.

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